As polícias do Brasil terão armas de choque e spray de
pimenta para conter dependentes de crack. A distribuição desses dispositivos é
uma das ações previstas no programa "Crack, é possível vencer", do
Ministério da Justiça. A utilização de força policial, incluindo armas não letais,
para o controle de dependentes é controversa. Uso de arma de choque contra viciados é abominável, diz
professor. Em São Paulo, operação iniciada em janeiro por Estado e
prefeitura foi criticada por especialistas, que defendiam foco maior em saúde. A orientação para o uso de armas de choque, chamadas de
taser, é da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), ligada ao
ministério. Segundo nota da pasta, a intenção é que "os policiais
tenham opções menos letais, principalmente para situações em que existem
aglomerados de pessoas". A determinação foi motivada pela portaria 4.226, de 2010, do
ministério e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência. A orientação é
que as armas sejam usadas só por policiais treinados.
PROGRAMA
Até agora, 12 Estados estão no programa federal, totalizando
R$ 62 milhões em recursos. O Rio recebeu mais recursos: R$ 9 milhões. O próximo
a aderir deve ser São Paulo. Além de armas, o programa prevê treinamento de policiais e a
compra de câmeras para monitorar cracolândias. No Rio, serão treinados 200 policiais. Os equipamentos, 250
armas de choque e 750 sprays de pimenta, já chegaram, segundo a Secretaria de
Segurança do Rio. Em nota, a pasta disse que as armas "serão usadas
apenas em caso de extrema necessidade por agentes policiais" e que não há
"qualquer estratégia repressiva de tratamento de choque para
usuários". Os 150 homens da Força Nacional que desde maio ocupam o
morro do Santo Amaro, zona sul, já usam armas de choque em ações contra viciados.
(Fonte: Folha de S.Paulo)
(Fonte: Folha de S.Paulo)
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