O serviço secreto da Polícia Militar afirma em relatórios
sobre as manifestações contra o aumento das tarifas de transporte em São Paulo
que os grupos mais violentos nem sempre agem de maneira espontânea. Punks que
partem para o quebra-quebra são arregimentados por militantes do PSOL (Partido
Socialismo e Liberdade) com o objetivo de desgastar o PT do prefeito Fernando
Haddad e o PSDB do governador Geraldo Alckmin. Para a polícia, a forma de ação
desses supostos punk é "semelhante a atos de guerrilha". Seria também
uma forma que integrantes do PSOL teriam encontrado de constranger os dois
governantes sem aparecer numa situação que poderia desgastar a imagem do partido,
de acordo com esses relatórios.
Um dos relatórios do P2, sigla pela qual é conhecido o
serviço reservado da PM, frisa que não há envolvimento do PSOL como partido,
mas de militantes avulsos. A avaliação foi feita por policiais militares
infiltrados. Os punks e anarquistas partem para o que a polícia chama de
"atuações paralelas" sempre que suas propostas são rejeitadas pelo
Movimento Passe Livre, que convoca as manifestações. O presidente nacional do
PSOL, o deputado federal Ivan Valente, diz que a avaliação é completamente
equivocada. "Os arapongas sempre cometem erros crassos de avaliação
política. O PSOL nunca apoiaria esse tipo de comportamento. Não precisamos
utilizar ninguém para criticar governos".
(Fonte: Folha de S.Paulo)
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