Cenário principal do Carnaval carioca, o Sambódromo do Rio
apresenta falhas de segurança nas principais áreas de circulação do público. Jaques
Sherique, diretor de segurança do Clube de Engenharia do Rio, visitou o local
do desfile das escolas de samba, onde constatou problemas em todos os setores:
arquibancadas, camarotes, frisas e na pista da Marquês de Sapucaí. Apesar de
elogiar a estrutura do sambódromo, o especialista identificou pontos
vulneráveis como o gradil lateral das arquibancadas, que não oferece a proteção
necessária para o público. "De uma maneira geral, o sambódromo é seguro
por ser um lugar aberto, todo em concreto, o que dificulta a propagação de
fogo. Mas alguns pontos precisam ser corrigidos", alertou Sherique.
O engenheiro criticou o uso de espumas e plásticos na
ambientação dos camarotes. "Esse tipo de material queima com velocidade
produzindo gases tóxicos, exatamente como ocorreu na boate em Santa
Maria", comparou o especialista, que observou a montagem dos espaços na
área nobre do sambódromo. "Deveriam proibir o uso de materiais altamente
combustíveis na decoração dos camarotes", afirmou Sherique. Ele sugeriu o
uso de materiais derivados do alumínio em ornamentações do gênero. "A
resistência à combustão do alumínio é muito mais alta, o que aumenta
consideravelmente a proteção do ambiente. Além de não produzir gases
tóxicos", disse. Outro erro foi constatado nas saídas de emergência
existentes nas laterais da avenida Marquês de Sapucaí. No lado direito da via
(no sentido Praça da Apoteose), vários portões, previstos como área de escape,
foram fechados com solda.
(Fonte: UOL)
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