O Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, deve ganhar,
ainda em 2013, o primeiro shopping em uma favela brasileira. Os
responsáveis pelo empreendimento pretendem que 60% das lojas sejam
franquias sociais, ou seja, os sócios, moradores do Alemão, não pagarão
aluguel. O objetivo é que 100% dos lojistas sejam da comunidade. O
Favela Shopping é uma parceria de Celso Athayde, ex-presidente da
Central Única de Favelas (Cufa) com Elias Tergilene, dono da rede
mineira shoppings Uai. Este é apenas um dos 10 empreendimentos da Favela
Holding, empresa de Celso e seu filho Thales Athayde.
"Dentro da
favela será escolhido um comerciante, que será um franqueado e não vai
pagar nada”, explicou Celso, que já fechou parceria com 24 lojas e
conversará com mais 32 ainda esta semana. “O objetivo é que o shopping
esteja de pé até o fim de 2013 com 500 lojas”, frisou. Ele explicou que a
rapidez da construção se deve ao fato de que o empreendimento
provavelmente será construído em um galpão desativado no Alemão,
pertencente a uma antiga fábrica, já com uma estrutura pronta. Para
embasar os investidores, Athayde fechou uma sociedade com Renato
Meirelles, presidente do Instituto Data Popular, e os dois criaram o
Favela Data. Com uma população de 12 milhões de pessoas nas favelas
brasileiras, o que representaria o quinto estado mais populoso do país, e
uma renda de R$56 bilhões por ano, Meirelles aponta os principais
motivos para os lojistas apostarem na ideia:
“A classe média das favelas cresceu mais do que a população brasileira nos últimos 10 anos, e basicamente, o crescimento do Brasil se deu devido à diminuição das desigualdades e da pobreza. Isso quer dizer que a vida melhorou. O desafio agora para as empresas é fazer com que esses R$ 56 bilhões fiquem na comunidade. Hoje a classe média da favela representa 65% da família de classe média que vive com R$2.600,00 mensais”, disse Meirelles. O presidente do Instituto data Popular acredita que o crescimento da classe média em favelas se deu em virtude do aumento da escolaridade, do crescimento do emprego formal e, principalmente, devido ao empreendedorismo dentro das comunidades. "Não faltam mercadinhos, padarias e salões de beleza dentro das comunidades. As pessoas estão, cada vez mais, ganhando dinheiro com o seu próprio negócio”, afirmou.
Elias Tergilene reforçou que as quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) instaladas no Conjunto de Favelas foram fundamentais para o projeto do empreendimento. No entanto, ele reforçou que com a pacificação, a economia no Alemão caiu e que manter a renda da população na própria comunidade é o desafio do projeto. “A renda da favela caiu, então o segundo desafio da UPP é a pacificação com dinheiro no bolso. Só conseguiremos fazer isso com uma participação público, privada com o povo. É preciso que governo, empresariado e população estejam juntos”. Ele ressaltou que a proibição dos bailes funks nas favelas e a renda do tráfico foram representativos na queda do dinheiro gasto dentro das comunidades. “Antigamente tinha baile funk todos os dias. As meninas do tráfico consumiam, compravam roupas, maquiagem, sapatos. Então o dinheiro rodava na favela. Hoje não tem mais o tráfico intensivo, não tem o baile funk e todo o comércio da favela perdeu. Isso é muito preocupante porque não se segura uma pacificação sem dinheiro no bolso”, finalizou Tergilene.
“A classe média das favelas cresceu mais do que a população brasileira nos últimos 10 anos, e basicamente, o crescimento do Brasil se deu devido à diminuição das desigualdades e da pobreza. Isso quer dizer que a vida melhorou. O desafio agora para as empresas é fazer com que esses R$ 56 bilhões fiquem na comunidade. Hoje a classe média da favela representa 65% da família de classe média que vive com R$2.600,00 mensais”, disse Meirelles. O presidente do Instituto data Popular acredita que o crescimento da classe média em favelas se deu em virtude do aumento da escolaridade, do crescimento do emprego formal e, principalmente, devido ao empreendedorismo dentro das comunidades. "Não faltam mercadinhos, padarias e salões de beleza dentro das comunidades. As pessoas estão, cada vez mais, ganhando dinheiro com o seu próprio negócio”, afirmou.
Elias Tergilene reforçou que as quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) instaladas no Conjunto de Favelas foram fundamentais para o projeto do empreendimento. No entanto, ele reforçou que com a pacificação, a economia no Alemão caiu e que manter a renda da população na própria comunidade é o desafio do projeto. “A renda da favela caiu, então o segundo desafio da UPP é a pacificação com dinheiro no bolso. Só conseguiremos fazer isso com uma participação público, privada com o povo. É preciso que governo, empresariado e população estejam juntos”. Ele ressaltou que a proibição dos bailes funks nas favelas e a renda do tráfico foram representativos na queda do dinheiro gasto dentro das comunidades. “Antigamente tinha baile funk todos os dias. As meninas do tráfico consumiam, compravam roupas, maquiagem, sapatos. Então o dinheiro rodava na favela. Hoje não tem mais o tráfico intensivo, não tem o baile funk e todo o comércio da favela perdeu. Isso é muito preocupante porque não se segura uma pacificação sem dinheiro no bolso”, finalizou Tergilene.
(Fonte: Portal G1)
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