O senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou na tarde desta quarta (26) que, por acordo entre lideranças partidárias, o projeto do Orçamento da União de 2013 será votado no próximo dia 5 de fevereiro. Relator do Orçamento, Jucá disse que a votação ocorrerá no retorno dos parlamentares do período de recesso legislativo e depois que Senado e Câmara fizeram as eleições para a escolha dos integrantes das novas mesas diretoras das duas casas (entre 1º e 4 de fevereiro). O Congresso iniciou o recesso legislativo sem votar o Orçamento, como faz tradicionalmente na última sessão do ano. Pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, se o Orçamento não é sancionado pela presidente da República até 31 de dezembro, o governo não pode gastar no ano seguinte o dinheiro das receitas previstas para novos projetos. Em investimentos, o Executivo só estaria autorizado a usar os chamados "restos a pagar" (recursos aprovados em orçamentos anteriores).
"Nossa preocupação era termos uma paralisia do
Orçamento e perdemos três, quatro meses até a retomada dos investimentos, tanto
do Executivo quanto dos órgãos estatais. Mas como há esse entendimento de votar
no dia 5, teremos apenas o mês de janeiro sem Orçamento e haverá do governo um
esforço grande no sentido de analisar
mais rapidamente a proposta para sanção do projeto de lei", afirmou o
senador. Jucá disse que, na avaliação dele, haveria condições políticas e
jurídicas para votação do projeto imediatamente, por meio da Comissão
Representativa do Congresso (grupo de parlamentares que se mantém de
"plantão" durante o recesso). Integrantes da oposição e a
vice-presidente do Congresso, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), são
contrários a essa alternativa.
Mas Jucá disse que os líderes decidiram abrir mão dessa
possibilidade para não gerar o precedente de se votar o Orçamento na Comissão
Representativa. "Tínhamos base tanto jurídica quanto política para votar o
Orçamento agora, no período da Comissão Representativa, mas entendemos que era
mais importante construir um acordo amplo, inclusive com a oposição. Vamos,
portanto, votar o Orçamento em 5 de fevereiro", afirmou o relator. O líder
do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), confirmou que concordou com a votação do
Orçamento em fevereiro. “Eu fui consultado e concordei. A votação pela Comissão
Representativa criaria um precedente desinteressante. Aceitar seria permitir um
precedente desnecessário que depõe contra o Congresso”, afirmou.
(Fonte: Portal G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.