A Comissão de Ética da Presidência da República absolveu
o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, da denúncia
sobre supostas irregularidades no Programa Segundo Tempo. O processo foi aberto
em 17 de outubro, baseado em notícias publicadas na revista Veja. Em entrevista
dada após a reunião que tomou a decisão, o presidente Sepúlveda Pertence
informou que a Comissão arquivou a denúncia contra Silva por absoluta falta de
provas. “É importante essa decisão da Comissão de Ética, pois depois
de longo processo de análise, conclui-se que não existe absolutamente nenhuma
prova contra mim”, analisa Orlando, que comentou estar tomando todas as medidas
para que a verdade seja restabelecida. “Continuo, por exemplo, com os processos
que movo contra os delinquentes que me caluniaram”. Orlando agradeceu o carinho e a solidariedade de tantos
amigos e companheiros que se manifestaram no Facebook e no Twitter. Comentou
também como é injusta a cobertura da imprensa, pois quando foi aberto o
processo na Comissão foi feito muito alarde com manchetes garrafais. Já a sua
absolvição sai publicada apenas em poucas linhas de um ou outro jornal.
AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ
Oito meses separam a data em que foi aberto o processo na
Comissão de Ética até o dia da absolvição de Orlando Silva. Neste período, a
verdade vem cada vez mais à tona. E não se trata apenas da decisão tomada pela
Comissão nesta segunda-feira. A revista Veja, que foi a ponta de lança das calúnias contra
Orlando e o PCdoB, passou de acusadora a ré. As gravações obtidas pela Polícia
Federal provaram que a revista faz parte da máfia comandada pelo bandido
Carlinhos Cachoeira, que se encontra preso. O editor da Veja, Policarpo Júnior,
agia como funcionário de Cachoeira, que era o verdadeiro editor da revista.
Suspeita-se inclusive, que o bandido pode ter plantado nas suas páginas também
as mentiras contra Orlando.
Outro que trocou de cadeira no tribunal foi o senador
Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). Ele era a voz que mais gritava mentiras no
plenário do Senado e nos microfones do PIG na crise deflagrada no Ministério do
Esporte. Hoje, é um morto vivo que mal aparece no Senado, ou dá as caras apenas
em dias de depoimentos em processos que terminarão com a cassação do seu
mandato. Também ele é membro da quadrilha do bandido Cachoeira. Só não sai
preso do Senado, porque estamos no Brasil. E quem se lembra do policial bandido João Dias, que serviu
como caluniador contra o PCdoB. Poucos meses depois, protagonizou uma série de
atos criminosos, sendo preso por mais de uma vez.
Uma de tantas que aprontou,
foi esparramar 200 mil reais dentro do Palácio dos Buritis, sede do Governo do
Distrito Federal. Contido pelos seguranças, bateu em funcionárias, quebrou um
dedo de um policial e saiu preso. Sabe-se lá porque, hoje está recluso graças a
algum “Cala Boca”. Quanto aos parlamentares da oposição, que desfilavam
calúnias no período, estão bastante ocupados na manhã desta terça-feira. Devem
estar inventando argumentos para tentar defender o governador tucano de Goiás,
Marconi Perillo, que se encontra sentado como depoente na CPI do Cachoeira. O
goiano é acusado de ser sócio, parceiro, subserviente ao bandido Cachoeira, que
inclusive foi preso dentro de uma casa que foi do governador.
(Fonte: Portal Vermelho)
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